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Audre Lorde, a voz que ensinou o mundo a transformar dor em luta e poesia.

  • Foto do escritor: SETRABES 2030
    SETRABES 2030
  • 5 de nov.
  • 2 min de leitura
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O Governo de Roraima, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social, celebra o Novembro Negro com uma série de homenagens a grandes personalidades negras que marcaram a história. Hoje dedicamos este espaço a Audre Lorde, uma mulher cuja vida e obra ecoam como um grito de liberdade, consciência e justiça em todo o mundo.


Audre Lorde nasceu em 1934, em Nova York, filha de imigrantes caribenhos. Desde jovem encontrou na literatura um espaço para se expressar e construir identidade. Ainda na infância enfrentou o racismo, a desigualdade e o silenciamento social que tentavam apagar sua existência. Foi poetisa, ensaísta, professora, ativista e uma das vozes mais potentes do feminismo negro. Sua obra reflete sua identidade múltipla como mulher negra, lésbica, mãe, poeta e lutadora incansável contra todas as formas de opressão.


Seu trabalho literário e político ressignificou temas como raça, gênero, sexualidade e direitos humanos, transformando experiências pessoais em ferramenta de resistência coletiva. Audre defendia que o silêncio é cúmplice da injustiça e que a palavra crítica é um instrumento de libertação. Para ela, reconhecer nossas diferenças não era motivo de divisão, mas sim de fortalecimento e construção social. Sua mensagem inspirou e segue iluminando movimentos civis, educacionais e culturais no mundo inteiro.


Durante sua trajetória, Audre Lorde se dedicou à educação e à conscientização, formando gerações de mulheres negras e promovendo o pensamento crítico sobre igualdade racial, autonomia feminina e liberdade sexual. Criou espaços de acolhimento e formação para mulheres negras escritoras, lutou contra o racismo institucional e levantou questionamentos profundos sobre os limites da sociedade americana em garantir direitos iguais a todas as pessoas.


Sua batalha contra o câncer também marcou sua história. Mesmo enfrentando a doença, ela continuou produzindo, questionando e inspirando. Sua escrita nos convida a olhar para dentro e para o mundo com coragem, poesia e ação. Audre Lorde morreu em 1992, mas sua obra permanece viva como um farol para quem luta por justiça social, dignidade e diversidade.


Celebrar Audre Lorde é reafirmar o compromisso com uma sociedade que abraça identidades plurais, valoriza a democracia racial e combate o preconceito. É lembrar que a consciência negra não é apenas uma data, mas um compromisso diário com a construção de um país mais justo, humano e igualitário.


“Não sou livre enquanto qualquer mulher não for livre”


Audre Lorde nos ensinou que a liberdade é coletiva e que nenhuma transformação social acontece sem coragem, amor e voz ativa. Que seu legado inspire o Novembro Negro em Roraima e fortaleça nossa luta diária pela equidade racial.


Fontes

Biografia Audre Lorde

Poemas e Ensaios da autora

Library of CongressThe Audre Lorde Project

Interviews and speeches archive


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