24 de Outubro – Dia Internacional de Ação Contra as Mudanças Climáticas.

SETRABES 2030
24 de out.
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O planeta está falando conosco, em ondas de calor sem precedentes, enchentes que arrastam cidades, secas que silenciam rios e incêndios que apagam florestas. O Dia Internacional de Ação Contra as Mudanças Climáticas, celebrado em 24 de outubro, nasceu justamente para nos lembrar que não existe planeta B, e que cada gesto importa.

Criado em 2009 pela organização global 350.org, fundada pelo ambientalista Bill McKibben, o dia surgiu como uma mobilização mundial antes da Conferência do Clima da ONU (COP15), em Copenhague. Naquele ano, milhões de pessoas foram às ruas em mais de 180 países, exigindo compromissos concretos para reduzir as emissões de carbono e proteger a vida na Terra. Desde então, a data se transformou em um símbolo de consciência e mobilização em torno da emergência climática.

Por que este dia é tão importante

As mudanças climáticas já não são um problema do futuro, elas estão acontecendo agora, afetando diretamente nossa saúde, economia, agricultura e até a segurança alimentar. O aumento da temperatura global, impulsionado pelo uso excessivo de combustíveis fósseis, o desmatamento e o consumo desenfreado, está desequilibrando os ciclos da natureza e ampliando desigualdades sociais.

No Brasil, a Amazônia, o Cerrado e os povos tradicionais estão na linha de frente desse impacto. Em estados como Roraima, o aumento da temperatura média e a alteração do regime das chuvas já desafiam a agricultura familiar, a produção de energia e a qualidade de vida da população.

O que cada um de nós pode fazer

É verdade que as grandes soluções precisam vir dos governos e das empresas, mas a mudança também começa dentro de casa. Aqui estão atitudes concretas que todos nós podemos adotar:

Repensar o consumo – Comprar apenas o necessário, evitar o desperdício e priorizar produtos locais e sustentáveis.
Reduzir o uso de plástico – Substituir descartáveis por alternativas duráveis e apoiar campanhas de limpeza ambiental.
Optar por transporte limpo – Caminhar, pedalar, usar transporte coletivo ou veículos elétricos sempre que possível.
Economizar energia e água – Apagar luzes, desligar aparelhos, reaproveitar a água da chuva.
Plantar árvores e cuidar dos espaços verdes – Uma árvore adulta pode absorver até 20 kg de CO₂ por ano.
Apoiar políticas climáticas – Cobrar das lideranças públicas e empresas compromissos reais de neutralidade de carbono.
Educar e inspirar – Compartilhar conhecimento, promover conversas, inspirar jovens e crianças para cuidar da Terra.

Cada ação é uma semente. Quando plantada coletivamente, ela se transforma em floresta.

Os ODS que guiam essa missão

O combate às mudanças climáticas é o coração da Agenda 2030 da ONU, especialmente por meio dos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):

ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima: reforça a urgência de adotar medidas em todos os níveis para reduzir emissões e fortalecer a resiliência.
ODS 7 – Energia Limpa e Acessível: promove o uso de fontes renováveis e sustentáveis.
ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis: incentiva a criação de espaços urbanos resilientes e verdes.
ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis: estimula hábitos de consumo conscientes.
ODS 15 – Vida Terrestre: protege ecossistemas, florestas e biodiversidade.
ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação: lembra que ninguém enfrenta a crise climática sozinho.

As mudanças climáticas não são apenas um tema ambiental, são uma questão humana e moral. Afetam os mais pobres, os mais jovens, os que menos contribuíram para o problema. Proteger o clima é proteger a vida, o direito ao futuro e a dignidade das próximas gerações.