top of page

Ruth de Souza: A Primeira Dama do Teatro e do Cinema Negro no Brasil.

  • Foto do escritor: SETRABES 2030
    SETRABES 2030
  • 12 de nov.
  • 2 min de leitura
ree

O Governo de Roraima, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social, está promovendo o Novembro Negro, um mês inteiro dedicado à valorização da Consciência Negra e à celebração de personalidades que abriram caminhos e inspiraram gerações. Hoje, a homenageada é Ruth de Souza, uma das maiores atrizes da história do Brasil e pioneira na luta por representatividade nas artes.


Infância e formação

Ruth Pinto de Souza nasceu em 12 de maio de 1921, no bairro de Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. Desde jovem, enfrentou as desigualdades raciais e sociais que marcavam o país. Com determinação, encontrou na arte uma forma de expressão e resistência. Estudou no Colégio Pedro II e logo se aproximou de grupos culturais que buscavam dar visibilidade à cultura negra brasileira.


A trajetória no Teatro Experimental do Negro

A grande virada em sua vida ocorreu quando ingressou no Teatro Experimental do Negro (TEN), fundado por Abdias do Nascimento em 1944. O TEN tinha como missão romper os estereótipos racistas do teatro brasileiro e abrir espaço para artistas negros em papéis de destaque. Ali, Ruth floresceu artisticamente e rapidamente se tornou uma das principais vozes da companhia.


Reconhecimento no cinema e na televisão

Em 1948, Ruth de Souza fez história ao estrelar o filme “Terra Violenta”, abrindo caminho para outras atrizes negras no cinema nacional. No ano seguinte, protagonizou “Sinhá Moça”, papel que lhe rendeu o reconhecimento internacional e a colocou como a primeira atriz brasileira indicada ao prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza. Esse feito representou um marco não apenas para o cinema, mas também para a luta antirracista nas artes.


Ruth seguiu construindo uma carreira sólida, participando de dezenas de filmes, novelas e peças teatrais. Na televisão, marcou presença em produções icônicas como O Clone, Sinhá Moça, A Escrava Isaura, Mister Brau e muitas outras. Sua atuação era sinônimo de elegância, força e sensibilidade.


O legado e o exemplo

Ruth de Souza foi mais do que uma artista, foi uma símbolo de resistência e orgulho para o povo negro brasileiro. Ao longo de sua vida, enfrentou o preconceito com dignidade e abriu portas para que novas gerações de atores e atrizes negras pudessem ocupar espaços de destaque na cultura nacional.


Faleceu em 28 de julho de 2019, aos 98 anos, deixando um legado imortal. Em 2021, completaram-se 100 anos de seu nascimento, e sua memória foi celebrada em todo o país com homenagens, mostras de cinema e reedições de suas obras.


Ruth de Souza mostrou que o talento não tem cor e que a arte é uma poderosa ferramenta de transformação social. Celebrar sua vida é reafirmar o compromisso do Governo de Roraima com a igualdade racial, o empoderamento e a justiça social.


Fontes:


ree

 
 
 

Comentários


bottom of page