Muhammad Ali: a força da consciência negra em ação.
- SETRABES 2030

- 18 de nov.
- 3 min de leitura

Nesta edição do Novembro Negro, promovido pela Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social de Roraima, celebramos Muhammad Ali. Ele não foi apenas um dos maiores atletas de todos os tempos, mas também um símbolo mundial de resistência, orgulho negro e luta por direitos civis. Sua história é a prova de que a força da Consciência Negra não se limita ao ringue, ela transforma o mundo.
Infância e descoberta do boxe
Muhammad Ali nasceu em 17 de janeiro de 1942, em Louisville, no estado de Kentucky, nos Estados Unidos. Antes de ganhar fama, ele se chamava Cassius Marcellus Clay Jr. Aos 12 anos, teve sua bicicleta roubada. Revoltado, prometeu enfrentar o ladrão. Um policial que também era treinador de boxe sugeriu que ele primeiro aprendesse a lutar. Assim nasceu um campeão.
Em 1960, aos 18 anos, Ali conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Roma. Na sequência iniciou sua carreira profissional e rapidamente se tornou um fenômeno mundial.
O ativista que não se calou diante do racismo
Em 1964 se tornou campeão mundial dos pesos pesados ao derrotar Sonny Liston. No mesmo ano anunciou sua conversão ao islamismo e declarou que não usaria mais o “nome de escravo”. A partir dali ele seria Muhammad Ali. Sua identidade e sua negritude eram parte de sua luta.
Quando os Estados Unidos convocaram Ali para a Guerra do Vietnã ele se recusou. Declarou que não iria lutar contra um povo que não o tratava como inimigo. Para ele o verdadeiro adversário era o racismo que negros viviam diariamente em seu próprio país. Por essa decisão teve seu título mundial cassado e ficou impedido de lutar por quase quatro anos até ser absolvido pela Suprema Corte.
O revolucionário do boxe
Ali trouxe leveza e inteligência estratégica ao boxe. Sua famosa frase flutue como uma borboleta e ferroe como uma abelha definiu sua forma de lutar. Movimentos rápidos, jabs precisos e provocação inteligente ao adversário. Em 1974, na luta histórica chamada Rumble in the Jungle, venceu George Foreman usando uma estratégia inovadora de resistência e contra-ataque.
Foi tricampeão mundial dos pesos pesados. Mais do que vitórias, entregou ao mundo um novo significado para o esporte como instrumento político e social.
O legado além das luvas
Quando a aposentadoria chegou, Muhammad Ali não se afastou das lutas sociais. Tornou-se embaixador da paz, defensor de causas humanitárias e apoiador de programas para jovens. Mesmo após ser diagnosticado com Parkinson continuou ativo em campanhas de solidariedade e combate ao preconceito. Sua presença inspirava coragem e dignidade.
Por que Muhammad Ali é símbolo do Novembro Negro
Ali mostrou que a pessoa negra pode ser grande, independente das barreiras impostas pelo racismo estrutural. Ele ensinou que identidade não é algo para esconder. Ele provou que a luta por direitos é tão nobre quanto a luta esportiva. Ele deu ao mundo uma nova forma de enxergar a negritude: invencível, orgulhosa, necessária.
Hoje Roraima o celebra porque sua história ecoa na vida de cada jovem negro que sonha, que luta e que se levanta após cada queda. Muhammad Ali é passado, presente e futuro da resistência.
Que sua voz continue soando mais forte que qualquer golpe. Que sua coragem inspire novas vitórias. Que sua luta nos lembre diariamente de que vidas negras importam.
Fontes e Links
Britannica: Muhammad Alihttps://www.britannica.com/biography/Muhammad-Ali-boxer
Arquivos Nacionais dos EUAhttps://www.archives.gov/research/african-americans/individuals/muhammad-ali
Ali Centerhttps://alicenter.org/meet-ali/
Biografia Muhammad Alihttps://www.biography.com/athletes/muhammad-ali





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