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Manifestantes durante o “Lançamento da Campanha Não ao Gás no Sul Global e Não ao Gás na América Latina” na COP30, Belém, Brasil, em 19 de novembro de 2025. Crédito da foto: UN Climate Change / Zô Guimarães.

COP30: Negociações avançam com foco em combustíveis fósseis, financiamento climático e protagonismo de povos tradicionais

19 de novembro de 2025 – Belém do Pará

 

A COP30 segue mobilizando o mundo em torno das decisões mais importantes para o futuro do planeta. No dia 19 de novembro, negociações e alertas científicos destacaram a urgência de acelerar ações contra a crise climática. Países vulneráveis reforçaram cobranças por financiamento para adaptação, enquanto lideranças globais insistiram na necessidade de cooperação num cenário geopolítico desafiador.

A seguir, os principais pontos do dia.

 

A grande batalha: fim dos combustíveis fósseis

A discussão mais sensível deste dia foi a necessidade de definir um roteiro global para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis. A divisão entre países produtores e defensores de um plano mais ambicioso ainda impede consenso.

 

A presidência da COP30 afirmou que ainda é possível construir uma ponte entre os interesses divergentes por meio de financiamento, inovação e cooperação internacional.

 

Países vulneráveis exigem recursos para adaptação

Nações já afetadas por enchentes, secas extremas e ciclones reforçaram a demanda para que países ricos garantam US$ 120 bilhões anuais em adaptação climática. O custo real estimado pela ciência pode superar US$ 310 bilhões por ano até 2035.

 

O Canadá anunciou US$ 187 milhões ao IFAD para fortalecer a agricultura resiliente em países pobres, um avanço elogiado, mas insuficiente diante das necessidades globais.

 

Alerta da ciência: “É agir agora ou sofrer bilhões”

Pesquisadores reforçaram que o ritmo atual de redução de emissões ainda está muito abaixo do necessário. Sem progresso concreto na COP30, o mundo pode avançar para cenários de colapso climático e insegurança alimentar, atingindo bilhões de pessoas.

Esse alerta intensifica a cobrança por decisões mais ousadas nos próximos dias do evento.

 

Cooperação internacional em teste

Organismos da ONU enfatizaram que a COP30 precisa provar que o multilateralismo ainda funciona, mesmo diante de um mundo fragmentado politica e economicamente.

O espírito de solidariedade global será determinante para que as metas climáticas sejam cumpridas.

 

Povos tradicionais no centro das soluções

A presidência da COP30 apresentou avanços sobre a inclusão de agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais nas estratégias climáticas, especialmente nos sistemas alimentares sustentáveis.

Ainda nesta semana, devem ser anunciados novos compromissos para financiar agroecologia e manejo sustentável da Amazônia, fortalecendo quem vive na linha de frente da preservação.

 

Por que esse dia foi importante para o mundo?

Porque todos os temas abordados estão diretamente conectados à vida das pessoas:

Tema: Por que importa?

Combustíveis fósseis: Sem reduzi-los, não há solução para o clima

Adaptação climática: Protege quem já sofre com desastres extremos

Ciência e alertas: Mantém líderes sob pressão por resultados

Cooperação internacional: Garante pactos fortes e cumpríveis

Povos tradicionais: Proteção da Amazônia e justiça socioambiental

 

Impactos para o Brasil e para a Amazônia

Sediar a COP30 coloca o Brasil como líder estratégico do futuro climático do planeta. Para Roraima e para o Estado brasileiro, os debates destacam:

  • A necessidade de financiamento internacional para conservação e proteção social

  • O reconhecimento do papel da Amazônia como solução baseada na natureza

  • A oportunidade de promover desenvolvimento sustentável com inclusão social

Isso significa que o Norte do Brasil não é apenas território de proteção, mas território de oportunidade.

 

Próximos passos

As discussões seguirão intensas até o encerramento da conferência. Os próximos dias devem abordar:

  • o mecanismo global de financiamento climático

  • metas para reduzir emissões até 2030

  • acordos específicos para povos indígenas e sistemas alimentares

O mundo inteiro está de olho em Belém.

 

Fontes

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