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Principais acontecimentos do dia 17 de novembro de 2025 na COP30 em Belém (Pará), que repercutiram globalmente:

  1. A presidência da conferência conduziu consultas intensas com os diversos países participantes sobre compromissos nacionais, relatórios de transparência e mecanismos de transição justa. Havia pressão para que um “pacote de Belém” ou decisão especial fosse finalizado ainda durante a conferência.

  2. Foi anunciada a intenção de avançar com dois pacotes de negociação prioritários naquela semana. Esse movimento serviu como sinal de que há vontade política de dar algum tipo de resultado concreto, embora ainda muitos pontos fiquem em aberto.

  3. Em paralelo, ocorreu um destaque para os direitos de povos indígenas e comunidades afro-descendentes. Entre os momentos de destaque está um compromisso de cerca de 1,8 bilhões de dólares em temas de tenure de terras, além de mesas-redondas para discutir governança indígena em mecanismos de financiamento climático.

  4. Países particularmente vulneráveis, como pequenas ilhas e nações caribenhas, tomaram a palavra com força, afirmando que para eles o aquecimento global já é “questão de sobrevivência”. Esses países demandaram que os emissores maiores honrem seus compromissos e acionem o financiamento climático com mais urgência.

  5. Outro tema relevante foi adaptação e resiliência: na manhã e no decorrer do dia foram discutidos indicadores para medir progresso na adaptação global, planos nacionais de adaptação, além de como alocar financiamento climático alinhado à trajetória de emissões zero.

  6. A conferência evidenciou também a interseção entre natureza, comunidades e ação climática. Foi reforçada a mensagem de que proteger a natureza e valorizar quem a protege (comunidades locais, indígenas) não é apenas um coadjuvante mas parte central da ambição climática.

  7. Mesmo com progresso aparente, persistem preocupações de que muitos itens técnicos e financeiros ainda não estejam desenhados ou acordados — e que o cronograma exige que muito seja concluído nos próximos dias para haver legado em Belém.

Por que esses fatos importam

Esses eventos demonstram que há uma mudança de tom: da fase de diagnóstico para a de compromisso e entrega. A ênfase em adaptação, justiça climática, participação de povos tradicionais e financiamento reflete que a conferência quer mais do que metas ambiciosas, quer operacionalização. Para países vulneráveis e para estados como Roraima isso significa que os debates globais estão cada vez mais próximos da realidade local: quem sofre primeiro, quem menos emite, quem mais precisa de apoio.

Fontes:

  • “COP30 needs to show ‘climate cooperation standing firm in a fractured world’ : Simon Stiell at start of week two of COP30” — UNFCCC (17 novembro 2025) UNFCCC

  • “Daily Update COP30 – 17 November” — WMO (17 novembro 2025) World Meteorological Organization

  • “Adaptation Fund Mobilises Over US$133 Million for Most Vulnerable at COP30 in Brazil” — Adaptation Fund (17 novembro 2025) adaptation-fund.org

  • “’This is survival’: Jamaica leads calls from vulnerable nations at COP30” — The Guardian (17 novembro 2025) The Guardian

  • “COP30: UN accused of crackdown on Indigenous people – as it happened” — The Guardian (17 novembro 2025) The Guardian

  • “Highlights and images for 17 November 2025” — IISD (17 novembro 2025) IISD Earth Negotiations Bulletin

  • “COP30 in Belém must spark action on fulfilling commitments” — IEEFA (18 novembro 2025) 

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