
Fortalecendo a Agenda 2030 em Roraima


FOTO: BRUNO PERES/AGÊNCIA BRASIL
COP30 em Belém: avanços, debates e mobilização marcam o dia 15 de novembro
Entre os dias 11 e 21 de novembro, Belém do Pará é o centro das negociações climáticas globais com a realização da COP30. A conferência reúne chefes de Estado, cientistas, sociedade civil e lideranças indígenas para discutir medidas urgentes de combate às mudanças climáticas e de preservação da Amazônia. O Blog SETRABES 2030 acompanha diariamente os destaques do evento, reforçando a importância da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O dia 15 de novembro foi marcado por debates sobre financiamento climático, mercados de carbono e pela grande participação de manifestantes que pedem justiça climática e proteção dos povos amazônicos.
Negociações avançam sobre financiamento climático
Os países colocaram no centro das discussões a urgência de mobilizar recursos para apoiar ações de adaptação e mitigação. Um evento ministerial intitulado Baku to Belém Roadmap to 1.3T apresentou caminhos para alcançar o volume estimado de 1,3 trilhão de dólares por ano em investimentos verdes. Esse montante é considerado essencial para que as nações mais vulneráveis consigam enfrentar os impactos da crise climática.
Além disso, especialistas e lideranças debateram a regulamentação dos mercados de carbono de conformidade, que determinam como países e empresas podem compensar suas emissões dentro de regras oficiais.
Vozes da sociedade civil ganham força
Enquanto as negociações se desenvolveram dentro dos plenários, milhares de pessoas ocuparam as ruas de Belém na Marcha Mundial pelo Clima. Povos indígenas, juventudes e organizações ambientais exigiram que as decisões da COP30 resultem em compromissos reais e urgentes, não apenas em declarações diplomáticas.
As organizações também denunciaram o avanço da presença de lobistas de combustíveis fósseis nos espaços de negociação, o que levanta preocupações sobre a influência corporativa em questões fundamentais da transição energética.
Um evento sob escrutínio internacional
A imprensa internacional destacou o simbolismo de realizar a COP30 na Amazônia, mas observou que os avanços concretos ainda precisam ganhar mais tração. A ausência de uma delegação oficial dos Estados Unidos foi vista como um ponto de tensão geopolítica, em um momento em que a liderança global para o clima é decisiva.
O que esperar daqui para frente
O encerramento da primeira semana da COP30 evidenciou que as decisões mais estruturantes ainda estão por vir. Os temas relacionados ao financiamento climático, ao apoio a países em desenvolvimento e à descarbonização das economias serão determinantes para o sucesso do encontro.
O Brasil, como país anfitrião, reforça a importância da implementação das medidas pactuadas e da valorização dos povos da floresta como protagonistas na preservação da Amazônia.
Por que isso importa para Roraima
Os debates da COP30 têm relação direta com políticas públicas de desenvolvimento sustentável em estados amazônicos como Roraima. A mobilização de recursos, a transição energética e a proteção de territórios são componentes essenciais para garantir que ninguém seja deixado para trás, alinhados com os 18 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Plano Roraima 2030.
Acompanhar a COP30 significa acompanhar decisões que afetam a vida das pessoas, especialmente aquelas que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas, como comunidades rurais, povos indígenas e juventudes.